11 dezembro 2008

I heart art

Ontem fui tocada por arte.
Fazia séculos que isso não acontecia. Tava dormindo dentro de mim.
Estava fazendo hora numa livraria, olhando os livros de arte. Eis que um livrão me absorveu e lá estava eu, com o coração quentinho, vendo aquelas pinturas e esculturas e arquiteturas. Algumas familiares, outras novas. Matthew Barney, Ron Mucke, Mariko Mori, Sara Lucas. Os contemporâneos. Quase chorei.
Quero voltar a isso. Quero voltar a sentir esse aquecimento cardíaco. Todos os dias. Vou voltar a pintar. Já sei até o que. Irei comprar óleo, tela e irei tirar a poeira dos pincéis.

E amanhã pinto meu ex-apartamento. Coralatex Areia - não existe nada mais opressor que paredes beges. Entrego as chaves na segunda.

De certa forma, é um alívio sair de lá. É um alívio de missão cumprida. Alívio com possibilidade quitar dívidas.

La Casa de La Madre és mi casa. Estamos bem. Uma bagunça de caixas pra todos os lados, mas estamos bem. Sinto um pouco de vergonha em voltar, mas tudo bem. La Madre tem o coração do tamanho das Américas, e braços confortáveis e welcoming. Mesmo pra marmanja porralouca que é sua filha. Mãe que é mãe de verdade é uma coisa de louco. Eu não entendo. Talvez nunca entenda. Dá pra comparar gato com filho?

Sou vizinha de quarto do meu irmão Guilé. Ele é um bom vizinho. Hoje conversamos sobre a política dos cosméticos separados. Ele me disse, "Carol, eu não uso cosméticos", mas o meu condicionador é meu, e o dele é dele. Fofo.

2 comentários:

Ila Marinho disse...

A primeira coisa que fizemos aqui em casa depois de nos mudarmos,foi pintar todas as paredes.Bege é mesmo respressor.

Ila Marinho disse...

Gata,acho que você deveria ganhar um prêmio.For god's sake,você acabou de explicar o ser-humano!

Free Blog Counter