26 julho 2008

Rock na Piscina


flyer: eu e Gabriel Góes

Quem não foi, perdeu!

Piscina vazia, toda forrada com plástico bolha, o qual apenas os primeiros sortudos tiveram o privilégio de pipocar sob os pés. Sim, dançamos lá dentro. Foi supimpa.

24 julho 2008

Tech

Encontrei este video no snopes (status: true). É dos anos 60, prevendo como seria a tecnologia em 1999.



Também achei esta foto de um HD em 1956.

22 julho 2008

Ahaza

Consuelo é xará de uma drag de Porto Alegre

21 julho 2008

Ex's, suicide attempts and murder



Em "A Ignorância", de Milan Kundera:

"Assombrada, ela olhava seu amor desfeito, o pedaço mais belo de sua vida, que se afastava, lentamente e para sempre; não existia nada para ela senão aquele passado, era com aquele passado que ela queria se mostrar, com ele que queria falar e enviar sinais. O futuro não a interessava; ela desejava a eternidade; a eternidade é o tempo que parou, que se imobilizou; o futuro torna a eternidade impossível; ela desejava aniquilar o futuro.
Mas como morrer no meio de uma multidão de estudantes, num pequeno hotel de montanha, sempre na frente de todos? Ela descobriu como: sair do hotel, ir para longe, muito longe, no meio da natureza e, em algum lugar distante das trilhas, deitar-se na neve e dormir. A morte viria no meio do sono, a morte pelo gelo, a morte doce, sem dor. Seria preciso enfrentar um momento de frio. Ela podia aliás, abreviá-lo com a ajuda de alguns comprimidos de sonífero. Num tubo que encontrou em casa pegou cinco, não mais do que isso, para que a mãe não desconfiasse de nada.
Planejou sua morte com todo seu espírito prático. Sair de tarde e morrer de noite, foi essa sua primeira idéia, mas abandonou-a: perceberiam imediatamente sua ausência na sala durante o jantar e decerto mais ainda no dormitório; ela não teria tempo de morrer. Astuta, escolheu o momento em que depois do almoço todo mundo fazia a sesta antes de ir esquiar: uma pausa durante a qual sua ausência não preocupará ninguém.
Ela não via a gritante desproporção entre a insignificância da causa e a enormidade do ato? Não sabia que seu projeto era um exagero? Sim, mas era precisamente o exagero que a atraía. Ela não queria ser razoável. Não queria se comportar de uma maneira comedida. Ela não queria comedimento, não queria raciocínio. Admirava sua paixão, sabendo que a paixão, por definição, é exagero. Embriagada, ela não queria sair da embriaguez."

A personagem Milada quis se matar por amor, e quis fazê-lo fora do alcance do olho alheio. Sou da opinião de que quem quer se matar de verdade o faz deste modo: discretamente. Quem o tenta de modo contrário quer chamar atenção - que também não deixa de ser um certo tipo de expressão de sofrimento. Porém bem menos nobre. É o tipo de sofrimento encontrado em uma criança mimada quando lhe é negado algo em loja de brinquedo. Um sofrimento egoísta e irracional natural em crianças e execrável em adultos, que já passaram por processo de aculturamento.

Digo isso porque, quando em São Paulo, recebemos um telefonema da ex-sogra de meu namorado. "Hoje a encontrei no chão da cozinha, chorando com uma faca na mão", dizia. Pobre mãe - e não digo isso com sarcasmo. E meses depois, a garota do chão da cozinha tomara comprimidos. Recém-saída do hospital - após agradável lavagem estomacal, imagino - liga para a ex-cunhada, para que anunciasse o seguinte recado a meu namorado: "Tentei me matar mais uma vez por você".
Oras, matar-se não é difícil. Quem quer mesmo normalmente consegue.

Essa garota nos perseguiu durante mais de ano. Além das ameaças de suicídio, mandava SMS, ligava, mantinha contato com a família, mentia a terceiros dizendo que estavam reatando, and Ford knows what. E agora finalmente got a fuckin' life. Passar bem.

Ao meu redor, pessoas próximas passaram por coisas parecidas. Duas amigas também tiveram que encarar o enorme saco que é uma ex do atual psicoticamente buscar o Eterno Retorno. Sinal de que isso não é coisa incomum. Achei bizarríssimo, pois nunca havia visto na vida real. Aquela coisa Glenn em Atração Fatal, já dizia Dudu.

Recentemente uma pessoa que trabalhou onde eu hoje trabalho foi assassinada pelo ex-namorado. Muitos dos meus colegas-amigos a conheciam bem, e sofreram muito. Nem imagino a família da moça. O filho da puta a levou para jantar e insistir em voltarem. Ela disse não. Ele a levou para casa e, ali mesmo dentro do carro, em frente à quadra da moça, puxou um revólver de baixo do banco e atirou em sua cabeça. Não existem palavras para descrever a escrotidão do ato. Não irei nem tentar. Mas isso remete àquele sofrimento do qual falei antes, o tipo não-nobre. Aquele egoísta ao extremo, no qual a pessoa se vê como o único ser na face da terra (aquela coisa Vanilla Sky, já dizia Dudu), o único que tem algum direito de se expressar ou de ter sentimentos, e os outros que se fodam. Prefiro chamar isso de burrice.

Como viver em sociedade com essa filosofia imbecílica? Melhor não viver mesmo. Matem-se. Mas faça-o quieta e discretamente pra pelo menos disfarçar sua mediocridade, e não matem seu objeto de obsessão. Not everybody gives a shit about your petty causes.

"Minha conciência está limpa", disse Pol Pot.
______________

Aurélio:

egoísmo
[Do fr. égoïsme.]
Substantivo masculino.
1.Amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios.
2.Exclusivismo que faz o indivíduo referir tudo a si próprio (v. egocentrismo). [Antôn., nessas acepç.: altruísmo (1 e 2).]
3.Filáucia, orgulho, presunção.
4.Ét. Doutrina que considera como princípio explicativo dos preceitos morais, e como princípio diretor da conduta humana moral, o interesse individual.
5.Ét. Amor exclusivo e excessivo de si, implicado na subordinação do interesse de outrem ao seu próprio. [Cf., na acepç. 5, amor-próprio e, nas acepç. 4 e 5, abnegação (2) e altruísmo (3).]

19 julho 2008

Sobre as coisas sem função






Na época em que tirei essas fotos no Water Street Market Antique Barn, em New Paltz, estava obcecada com essas coisas velhas e meio sombrias, esses bibelôs cafonas de tempos passados. Isso aí faz parte de um projeto de um livro cujo tema era "Wonder". Wonder é muito subjetivo; pode ser tanto "maravilha" quanto pensar sobre coisas. I wondered a quem esses objetos pertenciam. Imagino o dia em que a pessoa passou por uma loja de bibelôs e escolheu um destes a dedo; "Esse aqui vai ficar lindo na penteadeira ao lado do meu pó de arroz".

Os americanos têm mania de coisas que não têm funcão. Tipo flamingos de jardim, ou papai noéis infláveis. Existem lojas imensas de departamentos de coisas inúteis, tipo "The Christmas Tree Shops". Dá pra encontrar tudo, desde bandeirinhas de quatro de julho até ímãs de geladeira especiais de páscoa. E eles compram mesmo. É uma christmas sweater pra cada ano. Não sei o que fazem com as coisas depois que acaba o feriado.

Me lembrei agora de uma vez em que estava na biblioteca pegando um livro no balcão logo antes do natal, e uma senhora orgulhosamente mostrava a todos um álbum de fotos de sua coleção de casinhas de natal. Ela tinha uma vila inteira. Era casinha de natal espalhada por toda sua residência. E dizia como recentemente havia comprado uma lindona, com frisos tais e tais. Casinhas de natal. Não sei como chamá-las. São miniaturas de casinhas decoradas externamente com ornamentos de natal - luzinhas, neve, etc. Pensei como era bizarra sua obsessão. E onde ela as guardava depois que acabava o natal? Na garagem, junto ao papai noel inflável e (juro que isso existe) ao caixão de halloween de jardim?

Isso é muito assustador. É verdade que os americanos se tornaram uma nação de consumistas desenfreados. Quando não tem mais o que comprar, se inventa o que comprar. É meio complicado, porque esses objetos, de certa forma, fazem parte de sua cultura. Assim como se tem o carnaval e carros alegóricos aqui e o día de los muertos com caveirinhas no México, se tem páscoa com coelhos de jardim de plástico tamanho família lá. Faz parte da estética do "folclore" local. Mas isso tá ajudando a foder com o mundo, desde a mão-de-obra escrava empregada, a exploração dos recursos, a poluição resultante na produção dessas coisas... inúteis. Vendidas às toneladas a cada ano num país de 280 milhões. Sem contar com o lixo que essas merdas produzem. Pra onde vai?

E agora a tendência de coisas inúteis é mundial. Como embalagens masturbatórias. Você, junto com outros milhares de brasileiros por hora, vai no Giraffa's e pede um hamburguer e uma coca. Você ganha de brinde um papel de bandeja, uma caixa de sanduíche, um copo de papel parafinado com tampa de plástico, um canudo envolto em papel e (meu preferido) guardanapos embalados um a um em plástico. Ah, sim, e mini-sachês de plástico com alumínio de ketchup. Quem recicla essas merdas? Ninguém. Aí vem um e diz, mas ei! É higiênico. Higiênico minha pica. A boca humana é imunda. Uma aluna minha disse que só perde em número de bactérias pra boca do dragão de Komodo, cuja mordida pode matar uma criança, mas não achei fontes.

Ah, seres humanos imbecis.

Férias


Yipee

12 julho 2008

Straight no Ch-ch-chaser

E agora uma pequena compilação de músicas com ch-ch-ch's:


Turn and face the strange


"I'll give ya something to live for; Have ya, grab ya till you're sore"


Take a cha-cha-cha-chance


Titia

Tem aquela dos Beastie Boys também, mas eu tenho preguiça de Beastie Boys desde '97.

Inútil

Hoje aprendi que o nome da banda da cafona "Walkin' on Sunshine" (UO-OU, '85) é, ironicamente, Katrina and the Waves.

11 julho 2008

Old Friends



Old friends, old friends,
Sat on their parkbench like bookends
A newspaper blown through the grass
Falls on the round toes
of the high shoes of the old friends

Old friends, winter companions, the old men
Lost in their overcoats, waiting for the sunset
The sounds of the city sifting through trees
Settle like dust on the shoulders of the old friends

Can you imagine us years from today,
Sharing a parkbench quietly
How terribly strange to be seventy

Old friends, memory brushes the same years,
Silently sharing the same fears

(Simon & Garfunkel)

10 julho 2008

Myoko

Os cílios clamaram, "Excuse mei!"


... e os dedinhos, "fug yu!"

09 julho 2008

08 julho 2008

Rebelde Rebelde

Rebelde Rebelde, sua cara está uma bagunça
Rebelde Rebelde, como poderiam saber?
Mendigo quente, Eu te amo!

05 julho 2008

Memória alcoólica

Me lembrei do nome do boteco! Era Snugs.
Onde tinha "Final Countdown" no jukebox.

Os escandinavos são demais. A-do-ro!

FMLA Suny New Paltz

Feminist Majority Leadership Alliance. Não precisa ter medo. Muito ao contrário, esse tipo de iniciativa deveria ser bem vinda em nossa comunidade. Não irei dissertar sobre o assunto agora porque estou bêbada, mas aguardem.

04 julho 2008

Caixa de Pandora

Fucei meu HD externo, dormente há 400 e poucos dias. Foi assustador. Dentre tantas opções de imagens do baú, resolvi postar esta pra começar mais perto de casa. É um pedacinho da minha árvore genealógica, projeto embargado porém ainda com esperanças.

Jazz

Acordei no quarto de hotel com musiquinha nos ouvidos. Era jazz. Olhei pela janela para o parque atravessando a rua. Era um piquenique. Levantei, tomei um banho rápido e desci. O sol traz o bom humor para as pessoas no hemisfério norte. Já no hemisfério sul, traz o contrário.

Hoje minha amiga escreveu um poema tão lindo. Fiquei muito tocada. Ela nem tchuns. Deve ser normal essas coisas bonitas pra ela.

02 julho 2008

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