23 março 2010

Superaquecimento

Rock n' Roll!


Show do Franz Ferdinand no Marina Hall, com o The Pro abrindo.

O show do The Pro começou pontualmente às 8, já com um público bastante numeroso, apesar de ainda ter gente chegando. Agradou geral, com palminhas e pedidos de bis e tudo mais - muito bem merecidos. The Pro arrasou, como sempre. Estão com música nova, e cada vez mais com identidade única e distinta. Cheers!

Ouvi gente dizendo que o microfone do Zé estava baixo, mas eu discordo. Lá da mesa, estava ótimo.

A câmera tinha saído do conserto no dia anterior, e começou a acusar superaquecimento. Damn. Pudera, o Marina Hall (ou Hell, como apelidado pelo Rock Brasília) estava um forno. Absurdo. Foi um show daqueles que termina com poças de suor no chão, gotículas de umidade no ar e enormes pizzas nas costas dos espectadores. Nhaca.

O show do Franz foi lindinho e ultra dançante. No começo, entrei no chiqueirinho ali na frente do palco pra tirar fotas, mas resolvi deixar pra lá e quis curtir o show. Saí e fui ser feliz, afinal de contas, meu trabalho era com o The Pro. Tocaram os hits clássicos e um monte de outras músicas que eu não conheço. Rolou até um momento olodum - com batidas fora do tempo. Aí não sei se foi a acústica retumbante da casa (péssima) ou se foram mesmo os músicos. Disfarça, la la la.

Algumas fotas:


The Pro

Franz

Franz

Fanz

Momento rendez-vous


Pode usar, mas não se esqueça dos créditos. Beijos!

17 março 2010

O cigarro salvou minha vida

Cigarette Burn - Kunfuscious


O ano é 1997 ou 8. Eu tenho uns 18 anos; magérrima, a cabeça raspada e tingida de roxo não vai nada mal com o resto do conjunto.

Ainda morávamos todos con La Madre, lá na QI 28. Naquela época nem ponte tinha, imagine os quilômetros percorridos pra ir a qualquer canto. Muita história pra lembrar e contar. Tipo aquela vez em que eu achei um pedação de maconha no chão enquanto andava pra parada de ônibus - juro que não era minha. Ou aquela vez em que uma coruja enfurecida atacou nosso cachorro. E todos aqueles sanduíches de pão integral com salpicão e gatorade de tangerina que digeri lá do único estabelecimento comercial por milhas e milhas, a lojinha de conveniência do posto texaco. Nossa, e a perda total do meu primeiro carro. E ouvir Soundgarden lendo Stephen King (rá!) suando na beira da piscina. O sapo na piscina. A MTV. A carona com os puliça. O churrasco de hambúrguer. O xixi na cama. O meu futuro namorado. Caramba.

A gente sempre morou longe. Sigh.

Fumava, já. Meu irmão também.

Uma noite, ele chegou da balada e foi entrando de mansinho no meu quarto. Queria um cigarro. O que ele viu: eu snuggly dormindo filiz. Ao lado de minha careca, labaredas de fogo ardente. O criado-mudo em chamas.

O menino entrou em pânico. Jogou água, cobertor, areia, cacto, gato, o que tivesse por perto que pudesse extinguir o perigo. Pegou o cigarro e se foi.

Horas depois, acordei e achei estranho. Será que foi a vela que deixei aqui acesa? Ufa, que sorte não ter pego fogo na casa. Essa foi por pouco.

O Gabriel veio frântico me explicando o que havia acontecido. Deu até um medinho. Imagine se ele não fumasse?

Free Blog Counter