15 janeiro 2009

Estranhos Rituais

É esquisito como o povo gosta de estátuas de cera, tipo aquelas da famosa Mme Tussaud. Tirar foto com elas. Abraçá-las. Fazer chifrinho. Imitar a pose. Depois mostra as fotos das férias e diz, olha, eu encontrei com a Hannah Montana (é... ela tá lá na casa de Tussaud, ao lado de Shakespeare, Beethoven e Ella Fitzgerald).

Fizeram uma coletiva de imprensa para revelar a muito esperada estátua do Obama:


Cara, chamaram uma horda de fotógrafos de várias mídias mundiais pra tirar fotos de uma estátua de cera, pra depois divulgá-las mundo afora. Os iconoclastas se reviram em seus túmulos.

Ok, normal. Essa estátua simboliza a importância do líder frente a nosso momento histórico, oras, e além do mais é uma peça de arte (?) muito bem feita e tal. Acho uma pena terem reproduzido um momento em que o presidente tenha se encontrado de braços cruzados - linguagem corporal demonstrativa de retiro do papo da roda, ou de reprovação. Mas pare pra pensar um pouquinho sobre os estranhos rituais que nós humanos praticamos.

A gente adora estátuas de cera (favor considerar metáfora abrangente aqui). A gente usa salto alto (pense nisso - é muito bizarro). A gente tem uma série de códigos sociais, como fazer fila, apertar as mãos ou demonstrar respeito, mesmo quando não o tem lá no fundo. A gente se veste de branco no ano novo. A gente se fura, a gente pinta a cara. A gente beija na boca, mas só no momento certo (ou não). É proibido beber a sopa que restou no finzinho da tigela, tem que ser na colher. Café é na xícara e suco é no copo. A gente dá e recebe presentes em ocasiões específicas. A gente tem orkut. A gente tem padrões de beleza e outras exigências a satisfazer perante a sociedade.

Olha, é difícil, viu?

Depois a gente olha pra gente diferente da gente e exclama, "Caraca! Que beição bizarro! Que make h-o-r-r-o-r-o-s-a!"





Ou então, "Não acredito que faziam isso com as pobres mulheres chinesas!"


... e depois vai fazer festinha pra uma estátua de cera.




Na faculdade li um texto excelente sobre os Nacirema, um povo esquisitíssimo. Abaixo, o texto traduzido na íntegra, retirado daqui. Quem não tiver saco de ler, pule para o spoiler no final.

Ritos Corporais entre os Nacirema

O
antropólogo está tão familiarizado com a diversidade das formas de comportamento que diferentes povos apresentam em situações semelhantes, que é incapaz de surpreender-se mesmo em face dos costumes mais exóticos. De fato, se nem todas as as combinações logicamente possíveis de comportamento foram ainda descobertas, o antropólogo bem pode conjeturar que elas devam existir em alguma tribo ainda não descrita.

Deste ponto de vista, as crenças e práticas mágicas dos Nacirema apresentam aspectos tão inusitados que parece apropriado descrevê-los como exemplo dos extremos a que pode chegar o comportamento humano. Foi o Professor Linton, em 1936, o primeiro a chamar a atenção dos antropólogos para os rituais dos Nacirema, mas a cultura desse povo permanece insuficientemente compreendida ainda hoje.

Trata-se de um grupo norte-americano que vive no território entre os Cree do Canadá, os Yaqui e os Tarahumare do México, e os Carib e Arawak das Antilhas. Pouco se sabe sobre sua origem, embora a tradição relate que vieram do leste. Conforme a mitologia dos Nacirema, um herói cultural, Notgnihsaw, deu origem à sua nação; ele é, por outro lado, conhecido por duas façanhas de força: ter atirado um colar de conchas, usado pelos Nacirema como dinheiro, através do rio Po- To- Mac e ter derrubado uma cerejeira na qual residiria o Espírito da Verdade.

A cultura Nacirema caracteriza-se por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que evolui em um rico habitat. Apesar do povo dedicar muito do seu tempo às atividades econômicas, uma grande parte dos frutos deste trabalho e uma considerável porção do dia são dispensados em atividades rituais. O foco destas atividades é o corpo humano, cuja aparência e saúde surgem como o interesse dominante no ethos deste povo. Embora tal tipo de interesse não seja, por certo, raro, seus aspectos cerimoniais e a filosofia a eles associadas são singulares.

A crença fundamental subjacente a todo o sistema parece ser a de que o corpo humano é repugnante e que sua tendência natural é para a debilidade e a doença. Encarcerado em tal corpo, a única esperança do homem é desviar estas características através do uso das poderosas influências do ritual e do cerimonial. Cada moradia tem um ou mais santuários devotados a este propósito. Os indivíduos mais poderosos desta sociedade têm muitos santuários em suas casas e, de fato, a alusão à opulência de uma casa, muito freqüentemente, é feita em termos do número de tais centros rituais que possua. Muitas casas são construções de madeira, toscamente pintadas, mas as câmeras de culto das mais ricas têm paredes de pedra. As famílias mais pobres imitam as ricas, aplicando placas de cerâmica às paredes de seu santuário.

Embora cada família tenha pelo menos um de tais santuários, os rituais a eles associados não são cerimônias familiares, mas sim cerimônias privadas e secretas. Os ritos, normalmente, são discutidos apenas com as crianças e, neste caso, somente durante o período em que estão sendo iniciadas em seus mistérios. Eu pude, contudo, estabelecer contato suficiente com os nativos para examinar estes santuários e obter descrições dos rituais.

O ponto focal do santuário é uma caixa ou cofre embutido na parede. Neste cofre são guardados os inúmeros encantamentos e poções mágicas sem os quais nenhum nativo acredita que poderia viver. Tais preparados são conseguidos através de uma serie de profissionais especializados, os mais poderosos dos quais são os médicos-feiticeiros, cujo auxilio deve ser recompensado com dádivas substanciais. Contudo, os médicos-feiticeiros não fornecem a seus clientes as poções de cura; somente decidem quais devem ser seus ingredientes e então os escrevem em sua linguagem antiga e secreta. Esta escrita é entendida apenas pelos médicos-feiticeiros e pelos ervatários, os quais, em troca de outra dadiva, providenciam o encantamento necessário. Os Nacirema não se desfazem do encantamento após seu uso, mas os colocam na caixa-de-encantamento do santuário doméstico. Como tais substâncias mágicas são especificas para certas doenças e as doenças do povo, reais ou imaginárias, são muitas, a caixa-de-encantamentos está geralmente a ponto de transbordar. Os pacotes mágicos são tão numerosos que as pessoas esquecem quais são suas finalidades e temem usá-los de novo. Embora os nativos sejam muito vagos quanto a este aspecto, só podemos concluir que aquilo que os leva a conservar todas as velhas substâncias é a idéia de que sua presença na caixa-de-encantamentos, em frente à qual são efetuados os ritos corporais, irá, de alguma forma, proteger o adorador.

Abaixo da caixa-de-encantamentos existe uma pequena pia batismal. Todos os dias cada membro da família, um após o outro, entra no santuário, inclina sua fronte ante a caixa-de-encantamentos, mistura diferentes tipos de águas sagradas na pia batismal e procede a um breve rito de ablução. As águas sagradas vêm do Templo da Água da comunidade, onde os sacerdotes executam elaboradas cerimônias para tornar o líquido ritualmente puro.

Na hierarquia dos mágicos profissionais, logo abaixo dos médicos-feiticeiros no que diz respeito ao prestígio, estão os especialistas cuja designação pode ser traduzida por "sagrados-homens-da-boca". Os Nacirema têm um horror quase que patológico, e ao mesmo tempo fascinação, pela cavidade bucal, cujo estado acreditam ter uma influência sobre todas as relações sociais. Acreditam que, se não fosse pelos rituais bucais seus dentes cairiam, seus amigos os abandonariam e seus namorados os rejeitariam. Acreditam também na existência de uma forte relação entre as características orais e as morais: Existe, por exemplo, uma ablução ritual da boca para as crianças que se supõe aprimorar sua fibra moral.

O ritual do corpo executado diariamente por cada Nacirema inclui um rito bucal. Apesar de serem tão escrupulosos no cuidado bucal, este rito envolve uma prática que choca o estrangeiro não iniciado, que só pode considerá-lo revoltante. Foi-me relatado que o ritual consiste na inserção de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca juntamente com certos pós mágicos, e em movimentá-lo então numa série de gestos altamente formalizados. Além do ritual bucal privado, as pessoas procuram o mencionado sacerdote-da-boca uma ou duas vezes ao ano. Estes profissionais têm uma impressionante coleção de instrumentos, consistindo de brocas, furadores, sondas e aguilhões. O uso destes objetos no exorcismo dos demônios bucais envolve, para o cliente, uma tortura ritual quase inacreditável. O sacerdote-da-boca abre a boca do cliente e, usando os instrumentos acima citados, alarga todas as cavidades que a degeneração possa ter produzido nos dentes. Nestas cavidades são colocadas substâncias mágicas. Caso não existam cavidades naturais nos dentes, grandes seções de um ou mais dentes são extirpadas para que a substância natural possa ser aplicada. Do ponto de vista do cliente, o propósito destas aplicações é tolher a degeneração e atrair amigos. O caráter extremamente sagrado e tradicional do rito evidencia-se pelo fato de os nativos voltarem ao sacerdote-da-boca ano após ano, não obstante o fato de seus dentes continuarem a degenerar.

Esperemos que quando for realizado um estudo completo dos Nacirema haja um inquérito cuidadoso sobre a estrutura da personalidade destas pessoas, Basta observar o fulgor nos olhos de um sacerdote-da- boca, quando ele enfia um furador num nervo exposto, para se suspeitar que este rito envolve certa dose de sadismo. Se isto puder ser provado, teremos um modelo muito interessante, pois a maioria da população demonstra tendências masoquistas bem definidas.

Foi a estas tendências que o Prof. Linton (1936) se referiu na discussão de uma parte específica dos ritos corporais que é desempenhada apenas por homens. Esta parte do rito envolve raspar e lacerar a superfície da face com um instrumento afiado. Ritos especificamente femininos têm lugar apenas quatro vezes durante cada mês lunar, mas o que lhes falta em freqüência é compensado em barbaridade. Como parte desta cerimônia, as mulheres usam colocar suas cabeças em pequenos fornos por cerca de uma hora. O aspecto teoricamente interessante é que um povo que parece ser preponderantemente masoquista tenha desenvolvido especialistas sádicos.

Os médicos-feiticeiros têm um templo imponente, o latipsoh, em cada comunidade de certo porte. As cerimônias mais elaboradas, necessárias para tratar de pacientes muito doentes, só podem ser executadas neste templo. Estas cerimônias envolvem não apenas o taumaturgo, mas um grupo permanente de vestais que, com roupas e toucados específicos, movimentam-se serenamente pelas câmaras do templo.

As cerimonias latipsoh são tão cruéis que é de surpreender que uma boa proporção de nativos realmente doentes que entram no templo se recuperem. Sabe-se que as crianças pequenas, cuja doutrinação ainda é incompleta, resistem às tentativas de levá-las ao templo, porque "é lá que se vai para morrer". Apesar disto, adultos doentes não apenas querem mas anseiam por sofrer os prolongados rituais de purificação, quando possuem recursos para tanto. Não importa quão doente esteja o suplicante ou quão grave seja a emergência, os guardiões de muitos templos não admitirão um cliente se ele não puder dar uma dádiva valiosa para a administração. Mesmo depois de ter-se conseguido a admissão, e sobrevivido às cerimônias, os guardiães não permitirão ao neófito abandonar o local se ele não fizer outra doação.

O suplicante que entra no templo é primeiramente despido de todas as suas roupas. Na vida cotidiana o Nacirema evita a exposição de seu corpo e de suas funções naturais. As atividades excretoras e o banho, enquanto parte dos ritos corporais, são realizados apenas no segredo do santuário doméstico. Da perda súbita do segredo do corpo quando da entrada no latipsoh, podem resultar traumas psicológicos. Um homem, cuja própria esposa nunca o viu em um ato excretor, acha-se subitamente nu e auxiliado por uma vestal, enquanto executa suas funções naturais num recipiente sagrado. Este tipo de tratamento cerimonial é necessário porque as excreções são usadas por um adivinho para averiguar o curso e a natureza da enfermidade do cliente. Clientes do sexo feminino, por sua vez, têm seus corpos nus submetidos ao escrutínio, manipulação e aguilhadas dos médicos-feiticeiros.

Poucos suplicantes no templo estão suficientemente bons para fazer qualquer coisa além de jazer em duros leitos. As cerimônias diárias, como os ritos do sacerdote-da-boca, envolvem desconforto e tortura. Com precisão ritual as vestais despertam seus miseráveis fardos a cada madrugada e os rolam em seus leitos de dor enquanto executam abluções, com os movimentos formais nos quais estas virgens são altamente treinadas. Em outras horas, elas inserem bastões mágicos na boca do suplicante ou o forçam a engolir substâncias que se supõe serem curativas.
De tempos em tempos o médico-feiticeiro vem ver seus clientes e espeta agulhas magicamente tratadas em sua carne. O fato de que estas cerimônias do templo possam não curar, e possam mesmo matar o neófito, não diminui de modo algum a fé das pessoas no médico feiticeiro.

Resta ainda um outro tipo de profissional, conhecido como um "ouvinte". Este "doutor-bruxo" tem o poder de exorcizar os demônios que se alojam nas cabeças das pessoas enfeitiçadas. Os Nacirema acreditam que os pais enfeitiçam seus próprios filhos; particularmente, teme-se que as mães lancem uma maldição sobre as crianças enquanto lhes ensinam os ritos corporais secretos. A contra-magia do doutor bruxo é inusitada por sua carência de ritual. O paciente simplesmente conta ao "ouvinte" todos os seus problemas e temores, principalmente pelas dificuldades iniciais que consegue rememorar. A memória demonstrada pelos Nacirema nestas sessões de exorcismo é verdadeiramente notável. Não é incomum um paciente deplorar a rejeição que sentiu, quando bebê, ao ser desmamado, e uns poucos indivíduos reportam a origem de seus problemas aos feitos traumáticos de seu próprio nascimento.

Como conclusão, deve-se fazer referência a certas práticas que têm suas bases na estética nativa, mas que decorrem da aversão profunda ao corpo natural e suas funções. Existem jejuns rituais para tornar magras pessoas gordas, e banquetes cerimoniais para tornar gordas pessoas magras. Outros ritos são usados para tornar maiores os seios das mulheres que os têm pequenos e torná-los menores quando são grandes. A insatisfação geral com o tamanho do seio é simbolizada no fato de a forma ideal estar virtualmente além da escala de variação humana. Umas poucas mulheres, dotadas de um desenvolvimento hipermamário quase inumano, são tão idolatradas que podem levar uma boa vida simplesmente indo de cidade em cidade e permitindo aos embasbacados nativos, em troca de uma taxa, contemplarem-nos.

Já fizemos referência ao fato de que as funções excretoras são ritualizadas, rotinizadas e relegadas ao segredo. As funções naturais de reprodução são, da mesma forma, distorcidas. O intercurso sexual é tabu enquanto assunto, e é programado enquanto ato. São feitos esforços para evitar a gravidez, pelo uso de substâncias mágicas ou pela limitação do intercurso sexual a certas fases da lua. A concepção é na realidade, pouco freqüente. Quando grávidas as mulheres vestem-se de modo a esconder o estado. O parto tem lugar em segredo, sem amigos ou parentes para ajudar, e a maioria das mulheres não amamenta seus rebentos.

Nossa análise da vida ritual dos Nacirema certamente demonstrou ser este povo dominado pela crença na magia. É difícil compreender como tal povo conseguiu sobreviver por tão longo tempo sob a carga que impôs sobre si mesmo. Mas até costumes tão exóticos quanto estes aqui descritos ganham seu real significado quando são encarados sob o ângulo relevado por Malinowski, quando escreveu:

"Olhando de longe e de cima de nossos altos postos de segurança na civilização desenvolvida, é fácil perceber toda a crueza e irrelevância da magia. Mas sem seu poder de orientação, o homem primitivo não poderia ter dominado, como o fêz, suas dificuldades práticas, nem poderia ter avançado aos estágios mais altos da civilização"


**SPOILER**Acontece, meu benzinho, que o estranho povo Nacirema somos nós. Nacirema é American ao contrário.

12 janeiro 2009

Susana Vieire-se

Texto de autoria da minha querida e genial amiga Josi Paz. Gostei muito e pedi permissão, granted, pra colocar aqui.

Isso é só o comecinho, clique no link abaixo pra ler o resto, e aproveite pra ver o blog todo que é ótimo.

"Suzana Vieire-se".
10/01/2009.

Eu amo, tu amas, ele ama. Nós pagamos mico. Sim, pois amor sem pelo menos um mico, de circo que seja, não é bem amor. Alguns pagam mico no condomínio, na família, entre os amigos. Tem gente que paga mico ao vivo ou na capa da revista Caras.
Seja como for: é tudo amor (rimou).

Amor-de-verdade, amor-de-mentira, amor-de-verão: tudo farinha do mesmo saco do amor. Um saco que não tem fundo quando se tem 20 anos, dizem, e que vai ficando menor com o tempo. Até os 50 anos, o tal saco do amor, que antes guardava até amor platônico, falam que vai virar uma bolsinha de nada, onde mal caberá o amor-próprio.

Não é o caso da Suzana Vieira. (...)

MAIS NO BLOG Mulher que Maravilha

10 janeiro 2009

SAMBA na Funfarra

Participação do pessoal da SAMBA ontem no Funfarra. As fotas são do celular, por isso a resolução ÓTEMA com hot pixels e tudo. Preciso consertar minha lente urgentemente.

___________________________

Esse negócio de baixa resolução e hot pixels me lembrou da minha primeira câmera digital, lá em 2001. Era uma HP M312, com menos de 2 megapixels de resolução. Fiquei alucinada com o brinquedinho, que quebrou 300 galhos e fez boas viagens.

Uma amiga teve a primeira dela bem antes, circa 1998. Era uma Mavica que funcionava com disquete. Cabia 9 poses em cada. Nada mais funciona com disquete hoje em dia. Na época era tecnologia de ponta, imagine, uma câmera que funcionava sem filme! E quem tinha um Pentium 100 arrasava. Conexão dial-up. Enquanto você esperava uma página abrir, podia ir à cozinha fazer um café e comer uns biscoitos.

A primeira câmera digital surgiu nos anos 70, mas a primeira imagem digital, nos anos 50. É uma foto escaneada de um bebê:

E aqui uma fota de hoje do meu bebê, em estado onírico:

Ok, pequena Mini já não é mais tão pequena assim, mas o nome ainda é Mini. É uma delícia de falar, tente: Miiiniiiiiii. Agora tente com uma voz enjoada. Viu? É por isso que eu nunca consegui chamar ela de outra coisa.

09 janeiro 2009

Laying low

for a while. Enquanto isso, aproveitem esta foto dos meus antepassados:
- Querido, esqueci a panela no fogo!
- Puta merda, de novo?!
- E você que sempre esquece a tampa da patente levantada?
- Peraí. Isso foi só uma vez, quando...
- Fica quieto agora que o fotógrafo trocou a lâmina.
- ...
- Xarope.

04 janeiro 2009

Sweatshop alert

Uma coisa tem me incomodado bastante em lojas de departamento como a C&A - que por sinal anda péssima - e a Renner: eles estão vendendo produtos com uma etiqueta gigante escrito "PRODUTO IMPORTADO". Aí o consumidor pensa, ooh lala, produto importado, mas se você olhar a etiqueta, ela diz Made in Bangladesh/Honduras/outro país pobre infestado de sweatshops. Quer dizer então que agora as lojas no Brasil também estão outsourcing (eufemismo para trabalho semi-escravo), e ainda tiram a maior onda com isso. "PRODUTO IMPORTADO" é uma ova. Quero saber quantas criancinhas manetas eles estão explorando pra vender uma camisa.

02 janeiro 2009

2009

O ano novo é só uma ilusão advinda do calendário gregoriano, que é a maior mutreta. Não tem sincronia com a natureza ou com o universo. Mesmo assim, a histeria em massa causa sensação de frescor, non? Começar de novo, clicar o refresh na barra de ferramentas. Formatar o HD. Parar de fumar, malhar, fazer um milhão, se formar, se mudar, mudar, trocar de carro, trocar de emprego, viajar, zerar as dívidas, comer melhor, dormir melhor, parar de encher a cara e pagar mico por aí. As resoluções são sempre cliché. Faz bem. Não existe nada mais poderoso no mundo do que auto-sugestão. Auto-sugestão move montanhas.

Eu não fiz nenhuma resolução. Só planos. Vamos ver se mudar de metodologia habilita a execução.

Feliz ano novo!

Free Blog Counter