Aqui algumas fotos do segundo dia do Porão, com 87 anos de atraso. Nem sei mais o que escrever.
Tem só uma de cada porque eu sou contra tietagem. Acho brega.
Rápido, esconde aquela foto do Courtney Taylor-Taylor e eu.
A segunda noite foi uma grande homenagem ao Rock brasiliense, com uma bela surpresa sobre a qual escreverei daqui a pouco.
O Paralamas fez um show lindíssimo com todas as boas e velhas e, como esperado, uma farofinha ou outra. No entanto, no geral, agitou bastante a galera. Eu, inclusive, balancei meu traseiro amarradona em
Alagados,
Óculos, e outros clássicos belamente executados pelos moços sérios. Sim, eles são muito sérios. Não vi um sorrisinho sequer durante todo o show.
A surpresa: Legião Urbana. Tipo the real thing. Tipo show histórico em plena Esplanada dos Ministérios, com Que País é Esse? e tudo mais. Muito bunirtim. Eu acho Legião uma banda ok. Não sou e nunca fui mega fã, mas tem umas musiquinhas bacaninhas de ouvir. Na rádio. Involuntariamente. Anyway, eu achei histórico. Eles têm seu valor na história do Rock. Achei legal e nobre colocarem vocalistas diferentes pra cantar cada música. O querido Gonza do Móveis tava mesmo um chuchu dando seus clássicos pulinhos empolgantes. Adoro. Porém, mais uma vez, músicos sérios. Dado Villa-Lobos, namely. O que há com esses músicos daquela geração? Será que é pra dar uma de cool (cara de cu é cool?) ou será que a vida não tem os tratado muito bem? Poxa, earning a living from making music is supposed to be awesome. Conheci vários faxineiros mais sorridentes que esses moços.
Momento vergonhinha alheia: durante o show, o cameraperson - desculpa, cara, você não mandou bem, e não foi só por isto - cismou em achar rostos de adolescentes espinhentos em prantos na multidão e filmá-los por vários minutos seguidos enquanto a imagem embaraçosa aparecia no telão pra 30 mil pessoas verem. Vários minutos torturantes. A banda tocando Pais e Filhos e o rosto da pessoa abrindo a boca (é preciso ama-aar...) em lágrimas gigante na minha cara. Foi meio foda. Meio Faustão.
Nem me lembro mais quem mais tocou naquela noite, e também nem dei as caras no Pílulas por conta de uma preguiça de thrash metal combinada com uma ressaca monstruosa da noite anterior.
O Little Quail fez um show excelente e muitíssimo divertido. They still got Mojo. Eles brincaram bastante com a platéia, formada em grande parte por velhos de guerra da época do Garagem. Uma coisa bem família; aqueles rostos clássicos da noite de Brasília, aquelas pessoas pra quem você nunca liga mas conhece desde 1994. Cheirinho de nostalgia
Estação 109. Pra quem entende.
Esse baterista acima, o tal do Bacalhau, é frenético. Não deu nem pra tirar uma foto decente. E, sim, são cuecas mesmo que o Zé Ovo tá usando. Puro charme e çençualidade.
Fomos embora depois do Little Quail, mas depois li no Blog do Porão que o show do Móveis foi uma coisa "Heróis da Resistência", com chuva, horas de atraso, falta de luz e show acústico e, por fim, o derrubamento da cerca que separava VIPs e plebe. Demais. Down with the wall!!