10 outubro 2009

Rock on

Aqui algumas fotos do segundo dia do Porão, com 87 anos de atraso. Nem sei mais o que escrever.

Tem só uma de cada porque eu sou contra tietagem. Acho brega. Rápido, esconde aquela foto do Courtney Taylor-Taylor e eu.

A segunda noite foi uma grande homenagem ao Rock brasiliense, com uma bela surpresa sobre a qual escreverei daqui a pouco.

O Paralamas fez um show lindíssimo com todas as boas e velhas e, como esperado, uma farofinha ou outra. No entanto, no geral, agitou bastante a galera. Eu, inclusive, balancei meu traseiro amarradona em Alagados, Óculos, e outros clássicos belamente executados pelos moços sérios. Sim, eles são muito sérios. Não vi um sorrisinho sequer durante todo o show.


A surpresa: Legião Urbana. Tipo the real thing. Tipo show histórico em plena Esplanada dos Ministérios, com Que País é Esse? e tudo mais. Muito bunirtim. Eu acho Legião uma banda ok. Não sou e nunca fui mega fã, mas tem umas musiquinhas bacaninhas de ouvir. Na rádio. Involuntariamente. Anyway, eu achei histórico. Eles têm seu valor na história do Rock. Achei legal e nobre colocarem vocalistas diferentes pra cantar cada música. O querido Gonza do Móveis tava mesmo um chuchu dando seus clássicos pulinhos empolgantes. Adoro. Porém, mais uma vez, músicos sérios. Dado Villa-Lobos, namely. O que há com esses músicos daquela geração? Será que é pra dar uma de cool (cara de cu é cool?) ou será que a vida não tem os tratado muito bem? Poxa, earning a living from making music is supposed to be awesome. Conheci vários faxineiros mais sorridentes que esses moços.

Momento vergonhinha alheia: durante o show, o cameraperson - desculpa, cara, você não mandou bem, e não foi só por isto - cismou em achar rostos de adolescentes espinhentos em prantos na multidão e filmá-los por vários minutos seguidos enquanto a imagem embaraçosa aparecia no telão pra 30 mil pessoas verem. Vários minutos torturantes. A banda tocando Pais e Filhos e o rosto da  pessoa abrindo a boca (é preciso ama-aar...) em lágrimas gigante na minha cara. Foi meio foda. Meio Faustão.

Nem me lembro mais quem mais tocou naquela noite, e também nem dei as caras no Pílulas por conta de uma preguiça de thrash metal combinada com uma ressaca monstruosa da noite anterior.

O Little Quail fez um show excelente e muitíssimo divertido. They still got Mojo. Eles brincaram bastante com a platéia, formada em grande parte por velhos de guerra da época do Garagem. Uma coisa bem família; aqueles rostos clássicos da noite de Brasília, aquelas pessoas pra quem você nunca liga mas conhece desde 1994. Cheirinho de nostalgia Estação 109. Pra quem entende.

 

 Esse baterista acima, o tal do Bacalhau, é frenético. Não deu nem pra tirar uma foto decente. E, sim, são cuecas mesmo que o Zé Ovo tá usando. Puro charme e çençualidade.

Fomos embora depois do Little Quail, mas depois li no Blog do Porão que o show do Móveis foi uma coisa "Heróis da Resistência", com chuva, horas de atraso, falta de luz e show acústico e, por fim, o derrubamento da cerca que separava VIPs e plebe. Demais. Down with the wall!!

3 comentários:

Unknown disse...

Eu leio e Amo Você!

amigavendebsb@gmail.com disse...

eu leio, carol! tudo bem, não conta na pesquisa do ibope mas... : P

Lívia Jácome disse...

Meio que me arrependi de não ter ido pro porão esse ano.. se eu eu soubesse que iria me mudar de brasilia logo depois teria ido como despedida..

Não é por nada, não, mas esse post deu uma saudade da minha cidade..
;)

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