08 setembro 2009

It's a kind of magic

Foto: Eduardo Coelho

Acabei de voltar de 3 dias no meio do mato. Lá dos cafundós do Goiás. Pra chegar, primeiro você põe um Allman Brothers pra tocar. Aí você pega a estrada até Niquelândia - cuidado que a estrada perto de Padre Bernardo tá uma merda -, desce a rua principal, e pega a BR rumo à Colinas do Sul. Depois de 30 km, a BR vira estrada de chão. Das ruim. Se embrenha lá nos meio dos mato. Come poeira. Aí você chega na fazenda do meu amigo.

O lugar é um privilégio. Fica na Serra da Mesa. Um dia aquilo lá foi um grande vale. Aí resolveram inundar tudo e transformar a região em um puta lago gigante. Não sei o quão ecologicamente (in)correto foi esse processo, mas pelo menos sei que fizeram um levantamento botânico antes de afogar os macaquinhos.

Bem, hoje é mais ou menos assim, como visto pela varanda da casa da fazenda:


É. Lindo.

Pegamos um barco e fomos dar uma volta no lago. É gigante. E lindo. Paramos o barco e nos jogamos n'água límpida e refrescante, naquele calor do sertão do Goiás.

Ah, a doce ingenuidade de viver impulsivamente. Like there's no tomorrow. Não consegui subir no barco de volta. Era alto pra caralho. Preciso praticar aquelas flexões, malhar o tchauzinho do braço. Na hora, todo mundo entrou em pânico. Menos eu, que já estava simultaneamente com uma contusão no ombro, torcicolo instantâneo e uma lente de contato pulando do olho. No fim, namorado e amigo me guincharam pra dentro pelos braços. Sobrou um extenso roxo na pele pra contar a história. Talvez eu possa atenuar o mico contando pra todo mundo que tive que lutar contra um jacaré-açu que insistia em me puxar pelo pé.

Jogamos pôquer, fizemos churrasco, enchemos a cara de cerveja. Deitamos na rede e conversamos longamente sobre experiências e trivialidades. Rimos e blefamos. E debatemos acaloradamente sobre funcionalismo público. Talvez um pouco acaloradamente demais. De qualquer forma, a picanha tava ótima. A conversa também. Ninguém sabia que horas eram.

Yummy =p

A Wikipedia diz que a água do lago é alcalina, e por isso não tem mosquito.

Sair de lá foi foda. Seria tão bom se a vida fosse só beber, jogar, andar de barco e mergulhar no lago. E ver a lua nascer. Amanhã volto à realidade.

Estou imensamente agradecida ao Michel e à Vê por tudo. Foi lindo.

4 comentários:

Amanda disse...

quase morri de rir.
e de inveja.
love you nega! quando eu te visitar vc me leva nesse lugar?
beijo

Bonanza disse...

Hey!
Cara, deve ter sido super gostoso esse feriado hein?
Amo amo o mato! =)
Saudades,
beijo
flora

Eduardo disse...

Vamos viajar muito mais!
Amo você meu amor!

João Reino disse...

Uaua... que delícia tudo isso!

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