Desde que derrubei minha câmera, a bichinha nunca mais foi a mesma. Tá rolando um erro de paralax sinistro.
Me fodi.
20 setembro 2009
Keep on rockin' in the free world
ch-ch-cherry cola
Isso é que é democracia! Porão livre para todos, no meio da Esplanada. E nóish na área VIP, tá, meu bein, porque todo mundo tem direitos iguais mas alguns tem direitos mais iguais que outros.
Porão ontem foi coisa linda. A programação deste ano tá ótima. Chegamos meio tarde mas a tempo de ver o show da Black Drawing Chalks - excelente banda de Goiânia. Que bom ser apresentada a uma banda tão boa em tal situação - palco principal do Porão, muito bem merecido, com seus power riffs, pegada hard rock e atitude rock n' roll. O baixista fez bonito, puta presença de palco. Adoro.
bate cabelo!
Logo depois começou o Eagles of Death Metal, banda originalmente composta pelo Josh Homme (do Queens of the Stone Age, A-D-O-R-O) e um figura chamado Jesse Hughes (o cara do bigode). Hoje o Josh não veio, e quem acompanhou o Jesse foi o Dave Catching, que também já tocou no QOTSA, além de na Mark Lanegan Band. Adorei o visual vovô-moicano, de camisa de caubói e Flying V em punho (não presente na foto abaixo, obviamente).
Nem preciso dizer que o show foi excelente, altamente dançante e divertidíssimo, com direito a declaração de amor e tudo. O Jesse aprendeu a falar "te amo" bonitinho.
Enquanto isso, Watson e The Pro mandavam ver no Palco Pílulas. Não vi o show inteiro, mas posso dizer que The Pro bombou. Também, pudera, os caras são muito bons e carismáticos. E o som deles é ótemo pra dançar. Infelizmente a iluminação do Pílulas não favorece fotos muito boas - ofuscou várias.
Zé do The Pro
Tudo lindo e ok, mas tive a impressão de que o que o povo queria mesmo era o Sepultura. Foi no show deles que rolou muvuca e pulinhos coletivos e urros rudimentares. Ficou cheio demais e não deu pra tirar boas fotos, mas salvei esta abaixo pra dizer parabéns ao Andreas. Você está magro e seus cabelos estão lindíssimos! Arrasou, queridão.
O show do Sepultura foi excelente, como sempre. Eles tocaram clássicos da época dos irmãos Cavalera, e esse vocalista atual faz bonito. O Sepultura é foda e ouso dizer que eles são provavelmente a banda mais profissional do Brasil.
Daqui à pouco tem mais. Super quero ver o show do Paralamas, tô sentindo que eles vão tocar as boas e velhas. Vou torcer para que mantenham assim e que não me venham com farofa. Mas o que quero mesmo é o Little Quail (clique para ver um achado dos bons tempos do Garagem).
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Todas as fotas aqui usadas são de minha autoria. Se quiser usar, fique à vontade, mas não se esqueça dos créditos, tá, chuchu?
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Todas as fotas aqui usadas são de minha autoria. Se quiser usar, fique à vontade, mas não se esqueça dos créditos, tá, chuchu?
18 setembro 2009
08 setembro 2009
It's a kind of magic
Acabei de voltar de 3 dias no meio do mato. Lá dos cafundós do Goiás. Pra chegar, primeiro você põe um Allman Brothers pra tocar. Aí você pega a estrada até Niquelândia - cuidado que a estrada perto de Padre Bernardo tá uma merda -, desce a rua principal, e pega a BR rumo à Colinas do Sul. Depois de 30 km, a BR vira estrada de chão. Das ruim. Se embrenha lá nos meio dos mato. Come poeira. Aí você chega na fazenda do meu amigo.
O lugar é um privilégio. Fica na Serra da Mesa. Um dia aquilo lá foi um grande vale. Aí resolveram inundar tudo e transformar a região em um puta lago gigante. Não sei o quão ecologicamente (in)correto foi esse processo, mas pelo menos sei que fizeram um levantamento botânico antes de afogar os macaquinhos.
Bem, hoje é mais ou menos assim, como visto pela varanda da casa da fazenda:
É. Lindo.
Pegamos um barco e fomos dar uma volta no lago. É gigante. E lindo. Paramos o barco e nos jogamos n'água límpida e refrescante, naquele calor do sertão do Goiás.
Ah, a doce ingenuidade de viver impulsivamente. Like there's no tomorrow. Não consegui subir no barco de volta. Era alto pra caralho. Preciso praticar aquelas flexões, malhar o tchauzinho do braço. Na hora, todo mundo entrou em pânico. Menos eu, que já estava simultaneamente com uma contusão no ombro, torcicolo instantâneo e uma lente de contato pulando do olho. No fim, namorado e amigo me guincharam pra dentro pelos braços. Sobrou um extenso roxo na pele pra contar a história. Talvez eu possa atenuar o mico contando pra todo mundo que tive que lutar contra um jacaré-açu que insistia em me puxar pelo pé.
Jogamos pôquer, fizemos churrasco, enchemos a cara de cerveja. Deitamos na rede e conversamos longamente sobre experiências e trivialidades. Rimos e blefamos. E debatemos acaloradamente sobre funcionalismo público. Talvez um pouco acaloradamente demais. De qualquer forma, a picanha tava ótima. A conversa também. Ninguém sabia que horas eram.
A Wikipedia diz que a água do lago é alcalina, e por isso não tem mosquito.
Sair de lá foi foda. Seria tão bom se a vida fosse só beber, jogar, andar de barco e mergulhar no lago. E ver a lua nascer. Amanhã volto à realidade.
Estou imensamente agradecida ao Michel e à Vê por tudo. Foi lindo.
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